Se o número de alunos matriculados em cursos de ensino superior on-line cresceu 21,7%, atingindo quase 2,3 milhões em 2019, quando comparado a 2018, de acordo com o Ministério da Educação, é de se esperar que esse número tenha crescido de forma exorbitante em 2020, quando as pessoas tiveram que ficar longos períodos em suas causas por conta do isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus. Os números oficiais do MEC desse período, no entanto, só serão revelados em 2021.
Um estudo especial sobre o contexto da pandemia feito pela Udemy, plataforma de cursos online, no entanto, mostrou que as matrículas em cursos online cresceram 425%; houve um aumento de 55% na oferta de cursos criado por instrutores; e empresas e governos também estão aderindo mais aos cursos online: um aumento de 80%.
O mesmo estudo também apontou um aumento na procura pelos seguintes conteúdos: habilidades de comunicação (aumento de 131%); mindset de crescimento (avanço de 206%); redes neurais, ou modelos computacionais inspirados no sistema nervoso central (aumento de 61%).
Segundo o estudo da Udemy, a redução de viagens, eventos e treinamentos presenciais implicou no aumento da demanda dos seguintes conteúdos:
- Cursos relacionados à teletrabalho: aumento de 21.598%
- Cursos relacionados a equipes virtuais: aumento de 1.523%
- Tomada de decisões: aumento de 277%
- Autodisciplina: aumento de 237%
- Curso de gestão do estresse: aumento de 235%
Os dados mostram, portanto, sejam os do Ministério da Educação ou os de outras instituições, que o ensino a distância tem se inserido cada vez mais no dia a dia da população, e os efeitos causados pela pandemia da Covid-19, com o isolamento social, fizeram com que um processo que já estava se mostrando incontrolável ganhasse ainda mais força, dando espaço a diversas oportunidades e novas formas de favorecer a educação, seja no ensino superior ou em outras etapas.